Por Eliane Silvestre
No final da rampa da garagem,
a plantinha, com flor, cresce formosa.
Rodas passam e seguem viagem...
E ela segue viva na morada perigosa.
Cresceu na brecha do cimento
e não hesitou um só momento.
Medo nem pensar
porque não pode ouvir ninguém falar.
Talvez, se pudesse, ali não estaria.
- Sua vida tá por um fio! - alguém diria.
E, não acreditando no seu poder,
não passaria da pequena folha.
Nossa força para florescer
precisa sair da bolha...
Da bolha do medo, da insegurança.
E aí podem dizer o que for,
pensar negativo, falar maldade...
E você segue como a planta-flor,
brincando com a adversidade
e sonhando como a criança...
(publicado no livro "Poemas de Mil Compassos" com 50 outros escritores de todo Brasil)
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