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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

ENTRE A VIDA E A MORTE

Por Eliane Silvestre

No final da rampa da garagem,

a plantinha, com flor, cresce formosa.

Rodas passam e seguem viagem...

E ela segue viva na morada perigosa.



Cresceu na brecha do cimento

e não hesitou um só momento.

Medo nem pensar

porque não pode ouvir ninguém falar.



Talvez, se pudesse, ali não estaria.

- Sua vida tá por um fio! - alguém diria.

E, não acreditando no seu poder,

não passaria da pequena folha.

Nossa força para florescer

precisa sair da bolha...



Da bolha do medo, da insegurança.

E aí podem dizer o que for,

pensar negativo, falar maldade...

E você segue como a planta-flor,

brincando com a adversidade

e sonhando como a criança...

 

 (publicado no livro "Poemas de Mil Compassos" com 50 outros escritores de todo Brasil)

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