caminhando pelas "quatrocentos" *,
é possível encontrar
quatrocentos motivos
para se sonhar...
Como hoje:
uma árvore vestia um sutiã.
Na madrugada,
ele despiu a namorada,
surpreendendo o sol pela manhã.
Mas o sol também não gostou.
Assim como o anônimo amante,
ele prefere ter sua namorada
pelada.
De sutiã, nem sequer fantasiou.
O sol ficou mesmo contrariado
e vai queimar aquele tecido
até ficar ressecado
e enfraquecido caia,
no chão ao lado,
para depois ser levado
por um lixeiro qualquer
e reciclado,
quem sabe,
novamente pouse
num corpo de mulher.
*algumas das superquadras de Brasília