por Eliane Silvestre
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por tras de paulistas janelas
por onde entra meu olhar candango
extasiado com a infinidade delas
está um joão ou uma maria
o joão que não para e faz de tudo
a maria mais romântica que anseia poesia
o joão que não fala, é quase mudo
a maria tão matraca que joão anseia ser surdo
o joão que é médico e sai com sono pro plantão
a maria que é doente e vai operar o coração
o joão operário da ópera que é tenor,
a maria bailarina que dançando opera poesia com amor
o joão que come a comida fria da marmita
a maria que para ficar bonita, come e vomita
o joão que trapaça em sua vida de senador e não tem sono
a maria pobre porém honesta que tudo devolve pro dono
o joão que só faz sexo por amor
a maria que quer é fazer não interessa com quem for
o joão que é nordestino
a maria que nega qualquer destino
ele veio do nordeste pra cá no caminhão do sonho
ela nasceu e morrerá aqui porque acha o mundo medonho...
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...
o joão, a janela, a maria
a janela, joão e maria, poesia
a janela, a maria, o joão
minhas janelas da carochinha
rumo a um fim andam na contramão
do meu olhar-janela, eu,poeta, espio sozinha
joões e marias que entram na janela do tempo
e atiçam meus olhos a voarem com o vento
Oi! Que bom que você chegou até aqui!!!!!!! Entre sem cerimônia. Tome um café adoçado com poesia. Antes, respire fundo, enquanto seus olhos passeiam pela tela. Se algum poema tocar sua alma, fale comigo, deixe seu comentário. Ah! Uma coisinha: os poemas aqui publicados estão registrados na Biblioteca Nacional,ou seja protegidos pela lei de direitos autorais. Se você tiver interesse em usar algum, precisará mencionar esta autora. Ficarei muito feliz.
Páginas
quinta-feira, 7 de abril de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
LEVE
por Eliane Silvestre
Tocar.
Estocar alegria.
Tocar, cantar.
Há canto no ar.
Em cada canto,
há mar,
há risos,
há lar.
Asa é minha casa.
Há travessia
sem rumo.
Escoltar a alegria,
meu prumo.
Não mais aceitar
ter mar
no olhar.
Estou leve,
mui leve...
me leve
vou, Ar
:)
sábado, 2 de abril de 2011
NO TREM, DE PASSAGEM
por Eliane Silvestre
Saiam pronomes possessivos!
Com vocês não quero amizade!
Minha busca é afastar-me dos abismos
do apego e da vaidade.
Meu, minha,
meus, minhas:
ilusões passageiras.
Enquanto o trem corre na linha,
não sei em que estação fico eu.
Não importa!
Nem quero pousar meu olhar na porta.
Dela poderá advir o breu,
Aos que entram, “gutiguti”, dou boas-vindas.
Aos que vão e amo,
o pranto engano.
Se vida tenho ainda, se não é finda,
obrigação tenho eu neste trem
de tornar minha viagem linda,
enquanto a parada final não vem.
Saiam pronomes possessivos!
Com vocês não quero amizade!
Minha busca é afastar-me dos abismos
do apego e da vaidade.
Meu, minha,
meus, minhas:
ilusões passageiras.
Enquanto o trem corre na linha,
não sei em que estação fico eu.
Não importa!
Nem quero pousar meu olhar na porta.
Dela poderá advir o breu,
Aos que entram, “gutiguti”, dou boas-vindas.
Aos que vão e amo,
o pranto engano.
Se vida tenho ainda, se não é finda,
obrigação tenho eu neste trem
de tornar minha viagem linda,
enquanto a parada final não vem.
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